Apostila com todas as teorias de Henri Wallon AQUI
O estágio sensório –motor e
projetivo vai até os 3 anos de idade. Nessa fase a criança começa a
ampliar suas relações com os meios sócias, ela passa a interagir e manipular a
realidade exterior, entrando no mundo físico e em questões intelectuais,
voltadas aos aspectos mais objetivos. A contribuição prática desse novo estágio faz
surgir a marcha e da linguagem.
Segundo Costa (citado por Nogueira e Leal, (2015,p.198), a marcha e a linguagem
favorecem
a atuação da criança em ralação ao
mundo que a rodeia e, ao mesmo tempo, alargam sua referência de si mesma.
Essas
conquistas lhe dão maior independência, permitindo-lhe a investigação e
exploração do espaço e dos objetos, diferenciando-se e caracterizando-os pela
diversidade de seus significados.
Antes a criança tinha seus limites, mas agora com a marcha a criança já conseguem a desenvolver
algumas atividades, modificar as direções, transportar um objeto de um lugar
para o outro, a criança está ampliando sua liberdade e explorando o meio
físico. Inicialmente a manipulação de objetos se restringe ao espaço bocal,
pois era apenas na boca que possui movimentos coordenados. Com o desenvolvimento motor a criança
já coordena movimento das mãos e braços. Nesse período dominante é a sensório-motora
A linguagem também contribuirá
para o desenvolvimento da atividade intelectual prática. Segundo Wallon (citado por Costa, 2005,
p.33) “com a linguagem, aparece a possibilidade de objetivação dos desejos. A
permanência e a objetividade da palavra permitem à criança separar-se de suas
motivações momentâneas, prolongar na lembrança uma experiência, antecipar,
combinar, calcular, imaginar, sonhar”.
Nas palavras de Nogueira e Leal
(2015, p.199) “o andar e a
linguagem permitem que a criança ingresse em um novo mundo: o mundo dos
símbolos. Entra em cena, aqui, a segunda parte desse estágio, a projetiva em que o ato
mental projeta-se em atos motores;
tem assim, a organização do pensamento”. As autoras ainda citaram Costa
(2015, p.198) para explicar a organização dos pensamentos. “ a criança é
então, capaz de dar significação ao símbolo e ao signo, ou seja, encontrar para
um objetivo sua representação e para a representação, um signo”.
O período projetivo surge
quando o movimento deixa de se relacionar exclusivamente com a percepção e
manipulação de objetos. A expressão gestual e oral e caracterizado pelo
pensamento ideomotriz (representação das imagens mentais por meio de ações),
cedendo lugar a representação, que independe do movimento. A atividade projetiva produz
representação e se opõe a ela, permitindo que a criança avance em relação ao
pensamento presente e imediato. As atividades predominante, nesse período, são
a imitação e o simulacro. A partir da imitação aparece os jogos de ficção, que
permite realizar uma ação com objetivo, mesmo sua ausência, o que conduz a
autonomia da imagem, a representação (Wallon,
1989).
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