A ”escola é condicionada
pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas contraditoriamente existe
nela um espaço que aponta a possibilidade de transformação social. A educação
possibilita a compreensão da realidade histórico-social e explicita o papel do
sujeito construtor/transformador dessa mesma realidade”.
É divida
em três tendências:
LIBERTÁRIA
Antiautoritarismo e
auto-gestão são os princípios fundamentais da proposta pedagógica anarquista
(que abrange várias correntes: libertários, psicanalistas e sociólogos)
Questionamento da
ordem social existente;
Preocupação com a
educação política dos indivíduos e com o desenvolvimento de pessoas mais
livres;
Profunda ligação
entre educação e os planos de mudança social;
O ensino deve
desenvolver todas as possibilidades da criança (integralidade), sem abandonar
nenhum aspecto mental ou físico, intelectual ou afetivo;
Defesa da auto-gestão;
Rejeitam toda forma de governo.
PAPEL DA ESCOLA
Desenvolver
mecanismos de mudanças institucionais e no aluno, com base na participação
grupal, onde ocorre a prática de toda aprendizagem;
Exercer uma transformação na personalidade do
aluno no sentido libertário e autogestionário;
Resistência contra a burocracia como
instrumento de ação dominadora e controladora do estado.
LIBERTADORA
Primeira experiência:
Movimento de Cultura Popular no Recife (1964);
Projeto de
Educação de Adultos:
- Círculo de
Cultura;
- Centro de Cultura.
Teoria
do conhecimento aplicada à educação, que é sustentada por uma concepção
dialética em que educador e educando aprendem juntos numa relação dinâmica na
qual a prática, orientada pela teoria, reorienta essa teoria, num processo de
constante aperfeiçoamento;
A educação é sempre um ato político;
Educação problematizadora, conscientizadora;
O
fundamental na educação é que os educandos se reconheçam enquanto sujeitos
histórico-sociais, capazes de transformar a realidade;
A categoria pedagógica da conscientização
preocupa-se com a formação da autonomia intelectual do sujeito para intervir na
realidade;
Crítica à “educação bancária”.
PAPEL DA ESCOLA
Formação
da consciência política do aluno para atuar e transformar a realidade;
Problematização da realidade, das relações
sociais do homem com a natureza e com os outros homens, visando a transformação
social.
HISTÓRICO-CRÍTICA
Marco
teórico 1979;
A
prática pedagógica propõe uma interação entre conteúdo e realidade concreta,
visando a transformação da sociedade (ação-compreensão-ação);
Enfoque
no conteúdo como produção histórico-social de todos os homens;
Superação das visões não-críticas e
crítico-reprodutivistas da educação.
Defende
a escola como socializadora dos conhecimentos e saberes universais;
A ação educativa pressupõe uma articulação
entre o ato político e o ato pedagógico;
Interação professor-aluno- conhecimento e
contexto histórico-social;
A inter-subjetividade é mediada pela
competência do professor em situações objetivas;
A interação social é o elemento de compreensão
e intervenção na prática social mediada pelo conteúdo;
Concepção dialética da história (movimento e
transformação);
Pressupõe
a práxis educativa que se revela numa prática fundamentada teoricamente;
A natureza e especificidade da educação
refere-se ao trabalho não-material, que na escola pública não se subordina ao
capital;
A
tarefa desta pedagogia em relação à educação escolar implica:
a)
Identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo
produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e
compreendendo as suas principais manifestações, bem como as tendências atuais
de transformação;
b) Conversão do saber objetivo em saber
escolar de modo a torná-lo assimilável pelos alunos das camadas populares no
espaço e tempo escolares;
c)
Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o
saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção,
bem como as tendências de sua transformação.
PAPEL DA ESCOLA
Valorização
da escola como espaço social responsável pela apropriação do saber universal;
Socialização do saber elaborado às camadas
populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica e
democrática para a transformação desta realidade.
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