Estágio impulsivo-emocional como o nome já indica , está relacionado com questões internas, emocionais e motora da criança, especificamente no desenvolvimento do seu “EU”. Esse estágio ocorre entre o nascimento e os primeiros anos de vida da criança. Esse estágio se divide em dois momentos : impulsividade motora e o emocional .
Com base em estudos de Wallon , nessa fase do estágio a criança nasce dependente do meio externo, consequentemente , “mostra-se incapaz de resolver suas próprias necessidades para sua sobrevivência, necessitando do meio social para interpretar, dar significado e trazer respostas a elas”.
Consequentemente necessita de adultos, que os cercam de reações de cunho afetivo e de natureza emocional, que os trazem as respostas de suas necessidades e estabelece paulatinamente a interação entre a criança e o meio externo.
Nessa fase o bebê passa por um período difícil pois não consegue distinguir o “eu” e o outro, é um estado de indiferença , entre o que é de origem exterior e o que surge do própria criança .
Segundo Wallon , é somente por meio de complexos exercícios de relação e interação, de momentos de espera ansiosa e respostas a suas necessidades, da alternância entre autor em relação ao outro e objetos por parte do outro, que a criança irá se diferenciando paulatinamente de seu meio e constituindo seu eu diferenciado do outro .
Primeiro momento: Impulsividade motora
Com base nos estudos de Wallon esse momento começa no nascimento e vai aproximadamente até os três meses , nesse período o bebê é quase um organismo puro , e suas atividades se baseia em reflexo e movimentos impulsivos.
Nos primeiros dias de vida as, “ atividades do bebê esta totalmente monopolizada pelas necessidades primárias fisiológicas ,sejam elas tônico-posturais , alimentares ou sono. Tais necessidades não são mais automaticamente atendidas como eram durante o período fetal, o que causa na criança momentos de espera, de ansiedade e de desconforto”.
Nesse momento ocorre as descargas motoras que são os movimentos reflexo, impulsivos que pode servir de comunicação entre a criança e o meio exterior ,pessoas do seu convívio. O movimento na teoria Walloriana e fundamental na vida do bebê, ele é a principal forma de comunicação com o meio externo.
Segundo momento: Emocional
A descarga motora se transforma em expressão e comunicação, ou seja “ impulsividade se traduz em sinais que estabelecem entre a criança e o adulto em circuito de trocas que acabam por condicionar e construir reciprocamente as reações do bebê a seu meio e vice-versa”.
(Duarte; Gulassa,2005, p ,25)
Cria assim um rico canal de comunicação entre a criança o seu meio, em que a troca é essencialmente afetiva e, inicialmente sem relação intelectual.
Após experiência de trocas, o bebê passará a estabelecer associações e apreender a interpretar os significados que recebem do meio, e sua atitudes passa a ser intencional . Um fator que contribuirá durante essa fase são as atividades circulares, que são movimentos inicialmente sem propósitos , mas com o passar do tempo a criança passará a repeti-los intencionalmente , levando-a a fazer uma conexão entre seus movimentos e seus efeitos.
Segundo Wallon as atividades curriculares levam a criança a conhecer cada vez mais a si própria e aos objetos á sua volta. As atividades são importantes instrumentos de aprendizagem nas diferentes áreas. Esse estágio e marcado pela subjetividade afetiva , voltado para si , dando seguimento ao estagio seguinte: Estágio sensório-motor e projetivo (Wallon)
Poderia me dizer quais foram as referências do seu texto
ResponderExcluirObrigado
Boa tarde Leo!
ExcluirSegundo a autora do post ela leu vários artigos de autores diferentes, o que resultou nesse post, baseado nas conclusões tirada por ela. Porém já faz um tempo que foi postado ela não lembra quais foram suas referências.
Quem é a autora?
ResponderExcluirCesar Leonel da Silva
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